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32.ª edição das Jornadas de Gastronomia – Coruche à Mesa de 4 a 6 de março

Em homenagem à gastronomia típica local, a 32.ª edição das Jornadas de Gastronomia - Coruche à Mesa, agendada para o fim de semana de 4 a 6 de março, reúne nove dos mais prestigiados restaurantes coruchenses, que apresentam propostas tradicionais irrecusáveis do melhor que se pode degustar no Ribatejo. Sopa de feijão com couve, febra e cachola de azeite e vinagre, bacalhau assado com migas ou ensopado de borrego, tudo acompanhado de vinhos regionais, são algumas das sugestões nos cardápios das casas que se associam ao certame gastronómico. O programa, que oferece ainda animação e música para alegrar os comensais ao almoço e ao jantar, recorda também o legado deixado pelo gastrónomo coruchense José Labaredas, que em 1999 editou o livro “Coruche à Mesa e Outros Manjares”, contribuindo de forma indelével para a salvaguarda da cultura gastronómica coruchense.

Entre 4 a 6 de março Coruche tem a mesa posta para dar a provar a riqueza da sua gastronomia nos restaurantes Coruja Chef, Fonte de Pau, Coruchense, Cantinho da Sandra, Farnel, Ó Manel, Ponte da Coroa, Sabores de Coruche e Stein Grill. Mantendo os pergaminhos da tradição gastronómica da região e tendo como referência a obra do coruchense José Labaredas, os nove restaurantes transmitem, através da confeção de pratos típicos, mais do que deleite ao palato. As iguarias do receituário regional aludem, desde logo, ao trabalho no campo, quando a lavoura era compensada com uma cozinha rica e cuidada que sublimava os produtos regionais que nela assumiam protagonismo.

Na mostra gastronómica estão presentes os mais genuínos sabores ribatejanos, mas também um toque da vizinha cozinha alentejana, evidente em pratos como bacalhau assado com açorda, entrecosto com migas, cabrito frito à lavrador, carne de porco de alguidar com migas do pingo ou ainda sável frito com açorda de ovas. Entre as propostas de pratos tradicionais, aliás registados no livro “Coruche à Mesa e Outros Manjares”, contam-se receitas como sopa de feijão-frade do Couço, açorda de sável, migas de batata com carne de porco, espetadas de vitela brava em pau de loureiro ou favada com nacos de vitela brava. À sobremesa não deverá faltar arroz doce, bolo branco e bolos de mel e nozes, entre outras delícias.

José Labaredas, que quis sobretudo homenagear a sua terra ribatejana no livro “Coruche à Mesa e outros Manjares”, caracteriza assim a gastronomia da região: «A nossa mesa tradicional entronca numa comum matriz transtagana, pois nos arrimamos fraternalmente ao Alentejo, colhendo e adaptando alguns dos mais saborosos nacos da sua lavra.» Além de incluir uma recolha exaustiva do receituário regional, a obra que este ano inspira as Jornadas é povoada por valiosas referências a pessoas e outros saberes, entre as quais um estudo erudito sobre a gastronomia em Gil Vicente. São ainda publicados estudos sobre o fumeiro e os enchidos portugueses, as feijoadas lusas e até sobre a gastronomia na obra de Eça de Queiroz. Maior do que a erudição, só o amor e o afeto a Coruche e às suas gentes num belíssimo livro de gastronomia, portador de receitas que substantivam e perpetuam a alta alquimia de sabores de Coruche.


+info: www.visitcoruche.com/jornadasdegastronomia

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