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Jornadas de Gastronomia – Coruche à Mesa de 1 a 3 de março

A 34.ª edição das Jornadas de Gastronomia – Coruche à Mesa presta novamente homenagem à gastronomia típica local no fim de semana de 1 a 3 de março. São nove os prestigiados restaurantes coruchenses que apresentam propostas irrecusáveis de degustação do melhor que o Ribatejo oferece, com animação musical garantida por artistas locais.

Sopa de feijão com couve, febra e cachola de azeite e vinagre, bacalhau assado com migas ou ensopado de borrego, tudo acompanhado de vinhos regionais, eis algumas das sugestões nos cardápios das nove casas que se associam ao certame gastronómico. Os restaurantes Coruja Chef, Fonte de Pau, O Coruchense, O Farnel, Ó Manel, Ponte da Coroa, Sabores de Coruche, Stein Grill e Páteo Sorraia terão a mesa posta de 1 a 3 de março com propostas irrecusáveis da mais saborosa tradição do Ribatejo, tendo como referência a obra do coruchense José Labaredas.

As Jornadas de Gastronomia, cujo programa prevê muita animação e música para alegrar os comensais ao almoço e ao jantar, recordam, como sempre, o legado deixado pelo gastrónomo coruchense José Labaredas, que em 1999 editou o livro “Coruche à Mesa e Outros Manjares”, contribuindo de forma indelével para a salvaguarda da cultura gastronómica coruchense. As ementas são disso testemunho, mantendo os pergaminhos da tradição gastronómica da região e transmitindo, através da confeção de pratos típicos, mais do que deleite ao palato.

Entre as propostas de pratos tradicionais nos cardápios, aliás registados no livro “Coruche à Mesa e Outros Manjares”, contam-se ainda receitas como sopa de feijão-frade do Couço, açorda de sável, espetadas de vitela brava em pau de loureiro ou favada com nacos de vitela brava. Os mais genuínos sabores ribatejanos aludem, desde logo, ao trabalho no campo, quando a lavoura era compensada com uma cozinha rica e cuidada que sublimava os produtos regionais que ainda hoje assumem protagonismo. Mas as iguarias do receituário regional estendem-se a influências da cozinha alentejana, evidente em pratos como entrecosto com migas, cabrito frito à lavrador, carne de porco de alguidar com migas do pingo ou ainda sável frito com açorda de ovas. À sobremesa não deverá faltar arroz doce, bolo branco e bolos de mel e nozes, entre outras delícias.

Recorde-se que a obra “Coruche à Mesa e outros Manjares”, de José Labaredas, inspiradora das Jornadas de Gastronomia, inclui uma recolha exaustiva do receituário regional, povoada por valiosas referências a pessoas e saberes, incluindo um estudo erudito sobre a gastronomia em Gil Vicente. São ainda ali publicados estudos sobre o fumeiro e os enchidos portugueses, as feijoadas lusas e até sobre a gastronomia na obra de Eça de Queiroz. Maior do que a erudição, só o amor e o afeto a Coruche e às suas gentes num importante livro de gastronomia, portador de receitas que substantivam e perpetuam a alta alquimia de sabores de Coruche.

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