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Coruche candidata Couço e Erra ao evento 7 Maravilhas de Portugal – Aldeias

O Município de Coruche apresentou duas candidaturas, ao evento 7 Maravilhas de Portugal – Aldeias, da Erra e do Couço, respetivamente às categorias Aldeias Rurais e Aldeias Monumento.

A aldeia da Erra, no concelho de Coruche, reúne a paisagem da charneca e da lezíria sorraiana, numa extensão a perder de vista.

Esta aldeia ribatejana conta com um passado de reconhecida importância, tendo sido em 1375 elevada ao estatuto de vila, possivelmente como resultado da Lei das Sesmarias, em 1380 a sede de concelho, por determinação do rei D. Fernando, e em 1514 D. Manuel outorgou-lhe carta de foral.

Da sua história subsistem ainda vestígios, mesmo que imateriais, nomeadamente do convento franciscano da Ordem Terceira, fundado em 1582, e dedicado a Nossa Senhora do Vale, e da Misericórdia, criada em 1598 e extinta em 1883, que administrava um hospital. Da primitiva igreja matriz, em plano sobranceiro à povoação e derruida devido a vários abalos sísmicos sentidos na região, resta a torre sineira, integrada no recinto do atual cemitério.

Comunidade onde a agricultura é primaz e que ainda hoje mantém todas as características dessa ruralidade, quer no traçado das ruas quer na tipologia de construção, com recurso a materiais e revestimentos tradicionais, como o abobe e a taipa, mas também pela existência de diversas estruturas de arrecadação de alfaias e armazenamento de produtos agrícolas, formando um harmonioso conjunto tipicamente ribatejano.

A candidatura do Couço é feita na perspetiva do histórico contributo das suas gentes nas lutas por melhores condições de trabalho nos campos agrícolas portugueses ao longo de todo o século XX, nomeadamente por estas terem sido determinantes no estabelecimento universal das oito horas de trabalho diárias que viria a ser aprovado no nosso país, e o qual mereceu o devido reconhecimento nacional, quando o Exmo. Sr. Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, concedeu ao Couço o título de Membro-Honorário da Ordem da Liberdade, em 9 de junho de 2000.

A resistência de toda uma comunidade no contexto adverso de graves dificuldades económicas e de exclusão social, imposto pelo regime de contratação na praça da jorna, pelos baixos salários auferidos e pelo árduo trabalho de sol-a-sol a que se sujeitavam os homens e as mulheres nos campos agrícolas, constitui um valioso e decisivo legado para o nosso Portugal contemporâneo e faz do Couço um verdadeiro monumento vivo de memória à liberdade. É este património identitário do povo do Couço, que hoje podemos afirmar ser o património de todos os portugueses.

A organização do evento disponibiliza o seguinte cronograma para as candidaturas finalistas:

De 21 a 31 de março o Painel de 49 Especialistas, 7 de cada uma das 7 regiões, vota na lista longa de candidatas para escolher as 49 pré-finalistas, que serão reveladas no dia 7 de abril, após validação do Conselho Científico. A votação é feita apenas por chamada telefónica, de segunda a domingo a partir de 3 de julho. Todos os domingos, durante 7 semanas, a RTP vai transmitir uma Gala dedicada a cada uma das 7 categorias. A primeira Gala tem lugar a 9 de julho. Cada categoria está a votação apenas uma semana, entre 3 de julho e 20 de agosto, apurando todos os domingos duas finalistas de cada categoria. A lista final de 14 finalistas fica assim fechada na última Gala, a 20 de agosto. Seguem-se duas semanas de votação nas 14 finalistas.

A Declaração Oficial das 7 Maravilhas de Portugal® – Aldeias tem lugar a 3 de setembro. São aqui reveladas as 7 vencedoras, as 7 aldeias mais votadas, uma por categoria.

+ info: http://7maravilhas.pt/

 

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